Criar uma rede de trabalho cooperativo com o objetivo de definir estratégias para que os países ibero-americanos desenvolvam práticas sustentáveis na produção de carne e leite, que possam ser reconhecidas internamente em todo o espaço ibero-americano, usando técnicas baseadas na gestão sustentável do uso de forragens e microbiomas associados ao sistema pecuário.
Objetivos específicos:
1) Apresentar ações/técnicas desenvolvidas e/ou adaptadas à realidade social que conduzam a resultados produtivos e econômicos com o mínimo impacto ambiental, e que possam contribuir para uma maior sustentabilidade e produtividade animal (carne e leite), especialmente em áreas com índices produtivos mais baixos, baseados na produção sustentável de forragem, buscando a segurança alimentar das populações envolvidas;
2) Construir junto à rede, bases técnicas em função do conhecimento acumulado e consolidado em sistemas integrados de produção, sistemas agroecológicos e agroflorestais e outras técnicas minimizadoras de impacto ambiental que colaborem para a redução da emissão de gases de efeito estufa, melhoria na captura de carbono e no uso racional da água;
3) Colaborar para que o consumidor, através da informação correta, seja a base transformadora do sistema de produção de carne e leite. A rede, ao promover a divulgação de sistemas minimizantes de impactos ambientais da produção de ruminantes baseados em forragens grandes, leva o consumidor a valorizar e entender a qualidade dos produtos que se produzem;
4) Promover sistemas de produção de carne e leite com menor impacto ambiental ao trabalhar com raças nativas das diferentes espécies de ruminantes;
5) Promover a inovação tecnológica que melhore a produtividade e sustentabilidade do sistema de produção, reduzindo a produção de metano e promovendo o aumento da fixação de carbono, como o uso de ruminantes modulares através de compostos vegetais bioativos, a melhoria da gestão do uso da forragem, e a implantação de sistemas integrados entre agricultura e pecuária;
6) Avaliar a utilização de bioprodutos como aditivos na alimentação animal, tendo em conta a sua eficácia para a saúde, o rendimento e o bem-estar animal;
7) Monitorar os parâmetros de produção animal, a qualidade dos produtos de origem animal e os indicadores ambientais nos diferentes sistemas de produção de ruminantes;
8) Promover os conceitos de etnozootecnia (fatores culturais, sociais e produtivos) no sistema de produção animal considerando sua importância em trazer em suas fundações a sustentabilidade econômica via circular, sendo um processo com potencial redutor de desigualdades ao garantir subsistência alimentar, viabilizando uma agricultura sustentável.